
Quase sete anos depois, a 23 de janeiro de 1963, a guerra colonial
eclodia no território. Também em janeiro, no dia 20 de 1973 Amílcar Cabral o
histórico político e líder nascido em Bafatá, cidade capital da região com o
mesmo nome situada no centro da Guiné, era assassinado em Conacri, capital de
uma das outras guinés, a Guine-Conacri.
Para ver
imagens de arquivo e um documentário sobre a guerra na Guiné clique aqui»

Dá-se um
período conturbado no plano internacional. Os países comunistas e africanos
reconhecem a Guiné-Bissau como um estado de pleno direito a partir desse
momento, os outros vão reconhecendo paulatinamente. A 2 de novembro na
Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) é apresentada uma moção para saudar a
independência da Guiné. Resultado: 93 votos a favor, 30 abstenções e 7 votos
contra. Entre os que votaram contra encontram-se Portugal, Brasil, Espanha,
África do Sul, EUA, Grã-Bretanha e Grécia.
A guerra
colonial, apesar de estar bem encaminhada para os independentistas, teimava em
não acabar. O objetivo adivinhava-se próximo, mas ainda não concluído.

No dia 10 de
setembro desse ano Portugal reconhecia a Guiné-Bissau como um estado
independente. A primeira das colónias ultramarinas portugueses a ter tal
estatuto. O sonho de Amílcar Cabral assumia finalmente forma.
Em novembro
desse ano o seu irmão, camarada e cofundador do PAIGC, Luís Cabral, encabeçava
a comitiva guineense na transmissão oficial de poderes, para o novo governo da
Guiné-Bissau, entregue ao seu partido, que desde então, não mais deixou de o
ser.
//conexaolusofona
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