O Presidente do Partido União Patriótica
Guineense (UPG), criticou hoje o desempenho do governo, que classifica de
“estar longe” das expectativas criadas pelo próprio chefe do Governo, Domingos
Simões Pereira.
Ao ser convidado pela Agência de
Noticias da Guiné-ANG – a comentar os 100 dias de graça do executivo saído das
urnas, Fernando Vaz disse que era de prever esta situação.
“Estamos num quadro em que os dois
maiores partidos do pais se encontram juntos na governação sem nenhuma oposição
parlamentar”, disse, acrescentando que “neste contexto se assiste a um
defraudar completo das expectativas que o povo depositou nesses dois partidos,
facto estranho quando este governo tem tranquilidade parlamentar e pelo apoio
incondicional do PAIGC e PRS".
Fernando Vaz disse que o povo está farto
de discursos ”bonitos nos médias, acrescentando que, o que o povo pretende são
resultados práticos, que não estão acontecer”.
"Na prática, não assistimos a
nenhuma mudança. Antes pelo contrário, assistimos a um dificultar de vida das
populações, que se tornaram mais miseráveis. As actividades económicas
desaceleraram-se, ou seja, tornou-se vulgar ouvir hoje em qualquer parte do país
que não há dinheiro", ilustrou.
Vaz referiu que a maior parte das
“nossas receitas” são provenientes das arrecadações feitas pela Direcção-Geral
das Alfandegas. “Não tenho os dados, mas tudo indica que os níveis de
arrecadação de receitas caíram substancialmente", afirmou.
O líder da UPG disse que na Guiné-Bissau
normalmente quando esses dados caem, quer dizer que há maior evasão fiscal ou
seja não se paga os impostos e com isso o Governo terá que endividar para pagar
os salários.
"Houve ajuda orçamental da União
Europeia de 20 milhões de euros, o que daria para pagar quatro meses de
salários dos quais 10 Milhões serão desbloqueados ainda este ano, ",
frisou.
Aquele político sublinhou ainda que,
quando o Governo de Transição saiu, deixou a questão de salários dos
professores garantido até Dezembro com apoio do Banco Mundial.
Revelou que outro acto que o Governo de
Transição fez, foi assegurar o fornecimento de combustíveis à Central Eléctrica
de Bissau até Dezembro em curso.
"Portanto, este Governo apanha uma
conjuntura extremamente favorável, tanto política como financeira, criada pelo
executivo de transição e está a defraudar as expectativas. Não estamos a ver na
prática absolutamente nada e já estamos no sétimo mês de governação e as
desculpas de que foi motivada pela transição já chega", referiu o líder da
UPG.
Fernando Vaz disse que é preciso que o governo
arregace as mangas e trabalhe de uma forma mais séria e demonstre que, de
facto, é capaz.
Fernando Vaz considerou normal a
exoneração de Botche Candé das funções de ministro da Administração Interna.
“Acho que o Presidente da República agiu
ao que parece no cumprimento das suas prorrogativas. Quando se põe em causa a
soberania do país, qualquer que seja a pessoa, deve ser chamada a
responder", vincou.
Declarou que não faz sentido um ministro
na qualidade de representante do Estado da Guiné-Bissau, sentar-se com
rebeldes, e vir ao público fazer declarações que não abonam em nada, o país.
Nando Vaz disse que, o que aconteceu é
um ministro que sai e entrara o outro e o PAIGC continua com uma hegemonia no
parlamento e com um Primeiro-Ministro apoiado pelos dois maiores partidos do
pais, “o que significa que não se vislumbra no quadro parlamentar e governativo
nenhuma crise.
O líder da UPG revelou contudo que a sua
formação política dará benefício de dúvida ao executivo de Domingos Simões
Pereira porque efectivamente o que interessa é o pais, a paz, estabilidade,
onde não se pode mais tolerar para a Guiné-Bissau nenhuma governação que não se
centre na resolução dos reais problemas da Nação, o que o povo verdadeiramente
quer.
"Não vamos pegar nesses factos para
fazermos guerra. Exortamos ao Presidente da Republica que continue atento na defesa
dos interesses do pais e do povo", aconselhou.
Questionado sobre a posição da UPG sobre a
alegada existência de bases militares de uma facção dos rebeldes de Casamance
no território guineense, Vaz sublinhou que, o que o seu partido defende são as
relações institucionais que o Estado da Guiné-Bissau tem com o Senegal.
"Portanto, nos entendemos que para
que haja qualquer contacto e intermediação em que os rebeldes se envolvem, o
Estado guineense deve antes de mais falar com as autoridades senegalesas porque
são com eles que temos as relações institucionais. A partir do que acertamos
com essas autoridades, poderemos pôr hipóteses da mediação desse
problema", explicou.
Considerou extremamente complicada essa
questão de Casamance que dura desde os anos 60 e que “não diz respeito a
Guiné-Bissau mas pelo facto de situar-se na nossa fronteira norte, deve nos
preocupar e com tudo o que podemos ajudar e contribuir, na busca de solução
para o problema.
O Presidente da UPG considerou grave e
preocupante a falta de uma oposição séria ao governo e disse que existem
pessoas interessadas em transformar a democracia num regime de partido único.
"O que entendemos é que os partidos
da oposição independentemente de estarem ou não no parlamento devem continuar a
fazer os seus trabalhos.
Penso que, com o lançamento do partido,
Assembleia dos Partidos Unidos (APU), o país terá uma oposição clara,
responsável, construtiva e que defendera os interesses da nação pais porque um
país sem oposição é adiar o seu desenvolvimento e futuro.
Este senhor é um fantoche n encontro outra palavra para lhe descrever, fez parte da quela corja chamado governo de transição, que nd contribuiu para o desenvolvimento do país antes pelo contrario, è cada um a lutar para encher o Seu propio bolso antes do fim do mandato tenha vergonha na cara. Este governo em 100 Dias fez Melhor que o governo de transição em 2 anos... O povo ja não é burro graças a DEUS
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