quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Governo reabre 3 pontos oficiais de ligação com Guiné-Conakry

Governo anuncia oficialmente, a partir desta terça-feira, abertura de alguns pontos fronteiriços com a Guiné-Conacri. Trata-se de Buruntuma e Fulamori (a leste do país) e Cuntabane (sul da Guiné-Bissau), pontos oficiais de ligação com Conacri encerrados na sequência da decisão tomada pelo Executivo guineense em agosto, para prevenir a entrada do Vírus Ébola, que desde início do ano grassa alguns países da costa africana.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi uma das entidades que questionou a decisão de encerramento das fronteiras, salientando que é mais eficiente controlar sintomas de Ébola junto de quem passa por um posto de fronteira oficialmente aberto, em vez de o fechar e empurrar essa circulação para caminhos não vigiados, sem controlo.

Esta terça-feira, no anúncio oficial da decisão, Domingos Simões Pereira lembra que nem todos pontos serão abertos aos cidadãos dos dois países.
Refere que outras zonas de conexão “manter-se-ão fechados até que as condições necessárias estejam reunidas”.

Neste sentido, avança que é preciso redobrar a vigilância, porquanto o surto se manter ainda em ativo.
“Era bom que a população continuasse mobilizada no sentido de se restringir de grandes aglomerados, cerimónias de Toca-choro, Lumos (feiras populares), bem como outras práticas”, notou.

Todavia, o governante lembra que, as autoridades sanitárias do país recomendam ainda a restrição do consumo da carne de caça e evitar de qualquer tipo de contato com os animais mortos. E na ocorrência de algum caso, evitar o seu manuseamento e automaticamente contatar serviços sanitários mais próximos.
Dados do Governo indicam que o país terá mais de trinta pontos de ligação não oficiais com a vizinha Guiné-Conacri, pelo que o executivo vai tentar manter nestes sítios, as forças da defesa e segurança para proibir a circulação das pessoas.

Recentemente, o diretor do Instituto Nacional da Saúde Pública (INASA), Plácido Cardoso, revelou que o pessoal de saúde que havia sido treinado para ser colocado nas fronteiras tinha dificuldades e apenas o Aeroporto Internacional” Osvaldo Vieira” foi afetado com pessoal.
Sobre essa matéria, o chefe do Governo esclarece que inicialmente a sua equipa iniciou esta campanha convencida de que precisava de treinar todo pessoal de saúde para estar em condições de responder em caso da necessidade, mas a evolução do processo levou a uma compreensão diferente.
E como alternativa, passou-se a falar na criação de equipas de respostas rápidas e ”essas equipas foram de facto treinadas e estão mobilizadas”, assinalou.


Coloca-se agora a questão de necessidades de recursos para poder manter em vigilância permanente desses elementos nos respetivos postos, um assunto que o próprio governante disse que foi objeto de discussão na última reunião de coordenação criada para o efeito.

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