Um ano depois de as autoridades
guineenses terem forçado a tripulação da TAP a transportar passageiros ilegais
e de os voos Lisboa - Bissau terem sido suspensos, técnicos guineenses vão
receber formação em Portugal, disse à Lusa fonte diplomática.
Um grupo de quatro técnicos superiores
da Direcção Geral de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau vai participar entre
15 e 19 de Dezembro num estágio que envolve aulas teóricas e acções no terreno,
acrescentou.
Por um lado, os técnicos "vão poder
observar as técnicas de avaliação de documentos falsos" e fazer "uma
apreciação in loco' de um dos postos mistos de fronteira entre Portugal e
Espanha", referiu a mesma fonte.
"Este estágio integra-se
directamente na primeira referência de necessidades de formação identificadas
pelo Ministério da Administração Interna da Guiné-Bissau"
no âmbito de um "plano de acção
aprovado" pelos dois países.
O plano integra o designado
"Protocolo TAP", assinado a 28 de Julho, em Lisboa, e que prevê
cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de
fronteiras da Guiné-Bissau, a par da retoma dos voos directos entre as duas
capitais.
A TAP suspendeu os voos para a
Guiné-Bissau desde Dezembro de 2013, na sequência do embarque forçado pelas
autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.
Na altura a TAP considerou que só
retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades
guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia
considera ter sido quebrada com o incidente.
Depois de assinado o protocolo, a
companhia chegou a vender bilhetes para a retoma da ligação a partir de 26 de
Outubro, mas entretanto cancelou a operação, sem mais explicações.
As ligações directas entre Portugal e a
Guiné-Bissau são agora feitas pela companhia Euroatlantic com um voo semanal às
sextas-feiras.
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