domingo, 7 de dezembro de 2014

Técnicos guineenses recebem formação em Portugal no domínio da aviação

Um ano depois de as autoridades guineenses terem forçado a tripulação da TAP a transportar passageiros ilegais e de os voos Lisboa - Bissau terem sido suspensos, técnicos guineenses vão receber formação em Portugal, disse à Lusa fonte diplomática.


Um grupo de quatro técnicos superiores da Direcção Geral de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau vai participar entre 15 e 19 de Dezembro num estágio que envolve aulas teóricas e acções no terreno, acrescentou. 

Por um lado, os técnicos "vão poder observar as técnicas de avaliação de documentos falsos" e fazer "uma apreciação in loco' de um dos postos mistos de fronteira entre Portugal e Espanha", referiu a mesma fonte. 

"Este estágio integra-se directamente na primeira referência de necessidades de formação identificadas pelo Ministério da Administração Interna da Guiné-Bissau"
no âmbito de um "plano de acção aprovado" pelos dois países. 

O plano integra o designado "Protocolo TAP", assinado a 28 de Julho, em Lisboa, e que prevê cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de fronteiras da Guiné-Bissau, a par da retoma dos voos directos entre as duas capitais. 

A TAP suspendeu os voos para a Guiné-Bissau desde Dezembro de 2013, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. 

Na altura a TAP considerou que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.

Depois de assinado o protocolo, a companhia chegou a vender bilhetes para a retoma da ligação a partir de 26 de Outubro, mas entretanto cancelou a operação, sem mais explicações. 


As ligações directas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora feitas pela companhia Euroatlantic com um voo semanal às sextas-feiras.

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