O Presidente da República, José Mário
Vaz, pediu mais recursos materiais e humanos para o Tribunal de Contas de forma
a que possa funcionar condignamente. O Chefe de Estado falava ao diariodaguinebissau
na cerimónia de empossamento do novo presidente do Tribunal de Contas, Vasco
Manuel Evangelista Biaguê, nomeado por decreto presidencial N° 48/2014, cujo o
empossamento foi no passado dia cinco do mês em curso.
O Chefe de Estado disse no seu discurso
que o Tribunal de Contas assume um particular poder e dever de fiscalizar a
legalidade de receitas e despesas públicas, de apreciar a boa gestão financeira
e de efetivar as responsabilidades dos agentes envolvidos por infracções de
ordem financeira.
Assegurou ainda que a ambição
fundamental do Estado foi e continua ser a institucionalização de um sistema de
controlo externo que efectivamente corresponda à necessidade de um controlo dos
fundos e valores públicos e que assegure ou garanta a regularidade e a boa
gestão dos mesmos.
“É nossa profunda convicção que, quando
está em causa o interesse público, há que haver a independência, principalmente
face ao poder político, caso contrário, a nossa sociedade, em particular a
administração pública, corre riscos acrescidos de ser permeável à corrupção e à
má gestão dos bens pertencentes a todos com profundo impacto negativo no
desenvolvimento económico no país”, advertiu.
Vaz disse ser o dever de todo o cidadão
guineense democrata que deseja a consolidação do Estado de direito democrático
na pátria de Cabral e valorosos combatentes da liberdade da pátria, lutar pela
efectiva emancipação e fortalecimento do Tribunal de Contas.
“Para que possa assumir as suas
atribuições é imperativo que seja alocados ao Tribunal de Contas recursos
matérias e humanos necessários para o seu funcionamento condigno, enquanto um
dos pilares do nosso sistema democrático.
O presidente do Tribunal de Contas,
Vasco Manuel Evangelista Biaguê afirmou no seu discurso que o presidente de
Tribunal de Contas sozinho não consegue e nunca conseguirá implementar as suas
estratégias sem nenhuma colaboração dos técnicos.
“O nosso país tem assistido situações
completamente inaceitáveis de ponto de vista da gestão pública, mais é preciso
que o guineense tenha confiança nas instituições. Sendo assim, durante os vinte
e poucos anos da existência do Tribunal de Contas, infelizmente não tem
cumprido as suas obrigações por razões várias”, espelhou.
Biague disse estar esperançado que vai
cumprir com as suas obrigações aos desafios que foram colocados, esperando
contar com a total colaboração do executivo bem como da Presidência da
República.
BIOGRAFIA DE NOVO PRESIDENTE DO TRIBUNAL
DE CONTAS
Vasco Evangelista Biaguê, nasceu no dia
26 de Dezembro de 1973. Fez o estudo liceal em Bissau. Em 1997, licenciou-se em
direito pela Faculdade de Direito de Bissau. Frequentou o Curso de
Aperfeiçoamento conducente ao Mestrado na Faculdade de Direito da Universidade
Clássica de Lisboa, em 1998.
Em 2002, fez o mestrado em Direito
Fiscal pela mesma Instituição Universitária. Em 2005/2007,doutorando na área de
Ciências Jurídico-Económicas. Em 2007, estando neste momento em preparação a
Dissertação.
O novo presidente do tribunal de contas,
desempenhou a função do director-geral da Faculdade Direito de Bissau, em
2004/2005. Regente da Cadeira de Economia Política (Faculdade de Direito de
Bissau). Membro da Comissão OHADA Guiné-Bissau, em representação da Faculdade
de Direito de Bissau.
Membro da Comissão, constituída para o
efeito, para proceder ao recenseamento dos domínios de conflitos entre as
normas comunitárias da UEMOA e as da OHADA (Trabalho feito sob a supervisão do
Banco Central dos Estados da África Ocidental – BCEAO).
Antes de ser nomeado, pelo Decreto
Presidencial n° 48/2014 de 05 de Dezembro, Conselheiro Presidente do Tribunal
de Contas, Dr. Vasco Evangelista Biaguê desempenhava as funções de Assessor
Jurídico da Ministra da Educação Nacional.
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